Quais são os 3 níveis da estratégia competitiva
Hoje em dia, um negócio possui tantas variáveis simultâneas que fica difícil definir o que realmente é relevante. Pensando nisso, Piero Franceschi, sócio da StartSe, montou um framework que visa organizar o pensamento estratégico separando os ativos de uma empresa em 3 diferentes níveis.
Piero Franceschi, Partner na StartSe
Desde que o mundo é mundo, a estratégia sempre foi sobre explorar alguma vantagem competitiva sobre o oponente. Seja uma vantagem inerente ou construída, esse é o ponto central de um planejamento estratégico.
Fato é que as coisas ficaram mais complexas e hoje um negócio possui tantas variáveis simultâneas que muitas vezes fica difícil definir o que realmente é relevante.
Esse descolamento se dá principalmente quando estamos falando de considerar a perspectiva do cliente, que é cada vez mais exigente e frequentemente não dá muito valor àquilo que chamamos de “forças”, vindas da boa e velha matriz SWOT. As forças muitas vezes se tornam um grande peso.
Pensando nisso, há alguns anos, criei o modelo das “licenças estratégicas” que visa organizar o pensamento estratégico separando os ativos de uma empresa em 3 diferentes níveis:
Licenças para vencer: São os elementos estratégicos que constituem algo que é simultaneamente RELEVANTE para o cliente, VERDADEIRO para a empresa e DIFERENTE dos competidores. É a tão famosa vantagem competitiva.
Licenças para competir: São os elementos que agem como facilitadores de escala e são disputados de forma acirrada pelos principais players do mercado. Quando bem executados, levam ao crescimento e rentabilidade.
Licenças para operar: São os requisitos mínimos para a existência da empresa em um mercado. Nisso, quanto menos “peso”, melhor, pois não criam valor percebido ao cliente.
Mas como usamos isso?
Simples. Encontre uma licença para vencer e invista pesado nela. Não deixe suas licenças para competir acomodadas e encontre formas de acelerá-las. E por fim, salve todo custo possível nas suas licenças para operar para financiar o restante do modelo.
Já devo ter ensinado esse modelo para umas 5.000 pessoas e além de vários projetos de consultoria. Ele tem ajudado várias empresas a terem mais clareza de como seus ativos cumprem papéis diferentes dentro de uma mesma estratégia.