Meta sobrevive a 2022? Empresa reduz quadro pela primeira vez
Reduzindo equipes e custos, a Meta parece repetir a história da Kodak enquanto luta para sobreviver
Por Camila Petry Feiler
Mark Zuckerberg anunciou mais um capítulo dentro da “pior crise” da Meta, que envolve reduzir o número de funcionários, encerrando uma era de rápido crescimento da big tech.
No que seria o primeiro grande corte de orçamento desde a fundação do Facebook em 2004, Zuckerberg disse que a empresa vai congelar as contratações e reestruturar algumas equipes para cortar despesas e realinhar prioridades. A Meta provavelmente será menor em 2023 do que foi neste ano, disse ele.
Mas essa história já vinha se escrevendo
Dessa forma, a receita com anúncios, principal forma de monetização das plataformas da empresa, deve seguir abaixo do esperado — Junior Borneli, CEO da StartSe, explica melhor aqui.
Agora os cortes de custos e contratações anunciam que a competição pela atenção dos usuários cresce enquanto a receita de publicidade cai. Isso por conta das novas restrições de privacidade da Apple no rastreamento de usuários.
Do outro lado, o TikTok segue crescendo em usuários, afastando-os do Instagram, enquanto Zuckerberg aposta no metaverso, ainda sem retorno.
Ao deixar a lista dos 10 mais ricos do mundo, Zuckerberg quer subir a temperatura para manter apenas os funcionários mais engajados, sonhando em crescer com menos recursos e dinheiro disponíveis.
Por que importa?
Diante das incertezas do metaverso, o modelo de negócio da Meta fica perdido e sem identidade, declinando em confiança e usuários. Parece que a história da Kodak se repete, da ascensão à queda por não conseguir assumir a dianteira do mercado em vasta expansão e inovação.