Incentivo ao bem-estar pode render aumento aos colaboradores; saiba como
Startup cria iniciativa focada em bem-estar dos funcionários, mirando em cultura mais forte, retenção e atração de talentos, além de colaboradores mais engajados
Por Camila Petry Feiler
A régua para medir bem-estar varia, não é mesmo? Nem só de exercício físico se faz uma rotina saudável, por exemplo. Pensando nisso, a startup Grão Direto lançou o Programa Bem-Estar, que estimula a prática de atividades físicas, de saúde mental, religiosas e espirituais, além do voluntariado.
O combinado veio de um alinhamento entre os colaboradores e lideranças, entendendo o que poderia compor as horas focadas em melhora da qualidade de vida. E tem bonificação: “os que se dedicam de 8 até 15 horas de atividades têm bônus de 5% do salário, já os profissionais que cumprem a partir de 16 horas, 10% de bonificação”, explica Ursula Hahn, coordenadora de Pessoas e Cultura na Grão Direto.
Mais do que uma remuneração, o pagamento cria possibilidades financeiras para a prática de atividades físicas ou voluntariado, ajudando a suprir os gastos investidos nessas ações. Ou seja, é criar uma base sólida para que o funcionário consiga, de fato, se desenvolver nas atividades.
Um olhar holístico para o colaborador
O programa hoje atua em 4 frentes principais:
- Atividade Física: já que, comprovadamente, melhora a disposição e saúde, em diversos aspectos;
- Saúde Mental: que traz autoconhecimento e melhora a capacidade para lidar com as situações e as pessoas;
- Atividades Religiosas: que contribuem para bem-estar geral e fornecem aprendizados de questões de cunho moral, comportamental, ético e social, além de prezar por princípios de paz e justiça entre os indivíduos;
- e Voluntariado: que amplia o impacto positivo da ação para comunidade, como parte de um dever cívico importante.
Para Ursula, o projeto impacta a rotina dos colaboradores, além das horas de trabalho, construindo uma estrutura de bem-estar que vai impactar e influenciar a postura também dentro da empresa. “No fim, o projeto quer ir além do dia a dia corporativo, impactando na qualidade de vida como um todo. Além disso, com a iniciativa, esperamos reter e atrair talentos que estejam em sinergia com o nosso DNA e cultura, que valorizam o cuidado próprio, a empatia com os outros e a alta performance.
Como funciona o programa?
Por que importa?
Um levantamento feito pela consultoria Willis Towers Watson (WTW) apontou que, de 2015 para 2021, houve um aumento de 33% no interesse das empresas de implantar ações de saúde e bem-estar na rotina de seus colaboradores. A demanda faz mais sentido ainda em tempos pós-pandêmicos, onde o trabalho foi ressignificado e a saúde mental ganha lugar de destaque.
Movimentos como a great resignation e as motivações apontadas pela Geração Z no mercado de trabalho deixam essa tendência mais às claras, mostrando que trabalho e qualidade de vida devem andar juntos para gerar bons resultados a todos envolvidos.
Além disso, a prática de focar em bem-estar dos colaboradores pode ser uma das pontas do ESG, que também demanda ações da porta para dentro, mas que avançam com bons resultado para fora, como o employer branding e a retenção de talentos.