Geração Z não quer mais viajar a negócios; Entenda o movimento
Mesmo com menos poder aquisitivo que a geração anterior para viajar, jovens preferem abrir mão de viagens executivas
“O novo normal” pós-pandemia não aconteceu. Tudo mudou – inclusive em relação às viagens de negócio. Se antes os funcionários desfrutavam desses momentos com muito luxo e fartura; hoje, as empresas decidem enxugar esse orçamento.
E não só isso. De acordo com o relatório da Morning Consult, chamado de “Negócios, mas não como de costume”, além do corte de custos ser uma nova prioridade nas empresas, existem outros fatores a serem considerados (veja mais adiante).
O QUE SÃO AS VIAGENS DE NEGÓCIOS?
São viagens necessárias para expandir as fronteiras das empresas, ou seja, aumentar o seu alcance em diversos mercados, conquistar mais clientes e, consequentemente, construir o branding da marca.
Saiba mais sobre branding: Employer Branding: como construir uma marca forte
A EMPRESA É RESPONSÁVEL POR CUSTEAR AS VIAGENS DE NEGÓCIOS?
Sim. A lei prevê que a viagem realizada a trabalho deverá ser custeada pela empresa, seja através do reembolso das despesas, da diária de viagem ou de um adiantamento ao funcionário.
O QUE MUDOU NAS VIAGENS DE NEGÓCIOS
A mudança de comportamento da Geração Z com as viagens profissionais são marcadas principalmente por três fatores:
1- FUNCIONÁRIOS NÃO QUEREM MAIS VIAJAR A TRABALHO
Alguns aprenderam a priorizar as ocasiões que de fato justificam as viagens e outros simplesmente perceberam que as viagens de trabalho não se encaixam mais em seu estilo de vida.
2- HÁ UMA MUDANÇA DEMOGRÁFICA NOS VIAJANTES DE NEGÓCIOS
Existem mais trabalhadores jovens e de baixa renda entrando no mercado, que trazem valores e expectativas diferentes.
3- REDUÇÃO DO NÚMERO DE VIAGENS
Ao mesmo tempo que as viagens de lazer continuam crescendo, as viagens de negócios nos Estados Unidos estagnaram no ano passado.
A parcela de adultos americanos que dizem que viajam a negócios é agora 18 pontos percentuais abaixo do que era em um típico ano pré-pandêmico.
POR QUE MUDOU?
“Acordos de trabalho remotos, híbridos e outros flexíveis permitem que os viajantes reservem viagens em um cronograma menos rígido e influenciado pelo trabalho”, diz o relatório da Morning Consult.
POR QUE IMPORTA?
Além da redução de custos que o mercado enfrenta para aumentar a eficiência e o impacto do trabalho remoto na produtividade, a mudança de comportamento nas viagens de negócio diz muito sobre a chegada da Geração Z no mercado. Isto porque, ao mesmo tempo que esses jovens não têm o poder aquisitivo que a geração anterior teria para realizar a viagem, eles simplesmente não querem.
O que fazer para engajar essas pessoas? Como mecanismo de atração, existem algumas empresas oferecendo a possibilidade ‘Bleisure’, que é quando profissionais viajam a trabalho, mas a empresa estende alguns dias ‒ caso eles queiram ‒ para lazer.
Entenda melhor no artigo: Por que o Bleisure, tendência corporativa, pode atrair a Geração Z no mercado de trabalho?