“Alguns compradores de pessoas virtuais incluem empresas de serviços financeiros, conselhos de turismo locais e mídia estatal”, disse Li Shiyan, que dirige os negócios de robótica e pessoas virtuais da Baidu, em entrevista para a CNBC.

PESSOAS VIRTUAIS: COMO FUNCIONAM? 

“Gente como a gente”. As pessoas virtuais têm nome, personalidade, tom de voz, expressões, aparência, estilo e uma rotina – em alguns casos, até redes sociais. Criadas a partir da inteligência artificial, são máquinas de aprendizado que podem interagir e se aprofundar em qualquer assunto.

• Nove em cada 10 profissionais (humanos) são contratados pelo perfil técnico e demitidos por problemas comportamentais. Os seres digitais não teriam esse “problema”, uma vez que seriam mais resolutivos para lidar com adversidades e agir conforme os objetivos da empresa.
• Capacidade de aprendizagem. Os seres digitais são capazes de aprender a grande inteira de um curso e todas as habilidades da sua função em poucos minutos e apenas com alguns comandos — o que facilita e agiliza inúmeros processos (inclusive no momento de contratação).

POR QUE IMPORTA? 

Para agir racionalmente – tanto na vida profissional, quanto pessoal – temos a influência de dados e algoritmos. Nesse sentido, em alguns casos, o que define o que deve ser feito numa empresa são as máquinas. Mas até que ponto podemos levar isso em consideração? Quanto o comportamento humano deve interferir nessa tomada de decisões? Poderia em algum momento perder o seu cargo de gestão para um avatar inteligente? São essas perguntas que os funcionários digitais da China trazem a tona.

E a nossa possível  resposta é: dado que estamos em uma era em que a eficiência deve ser a chave para uma organização ser infinita, os avatares funcionários parecem mesmo ser uma boa solução para os negócios. Mas o fato é: a tecnologia – incluindo avatares – podem trabalhar junto com os profissionais para melhorar a eficiência.