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Como se tornar um CEO? Confira os prós e os contras da função

02 de maio de 2023 - 10:28

Com uma faixa salarial que pode chegar a R$ 150 mil mensais, o Chief Executive Officer é o maior cargo dentro de uma corporação, e por isso, precisa de muitos requisitos para a função. Veja quais são!

Daniel Navas, jornalista

Líder e representante da empresa, a pessoa que assume o cargo de CEO (Chief Executive Officer) é considerada uma grande embaixadora da marca da companhia e dos seus produtos. Além disso, estar nessa função exige responsabilidade para garantir que as metas sejam atingidas, provendo a todo o time a estrutura e condições necessárias. Por isso, CEO deve motivar, engajar a equipe e tomar decisões que direcionam a companhia. Mas não para por aí.

QUAL É A FUNÇÃO DO CEO?

A liderança também é responsável por supervisionar vários aspectos das operações do negócio, incluindo finançasmarketingvendasrecursos humanostecnologia e jurídico.

“As empresas menores geralmente exigem que o CEO assuma um papel mais ativo, envolvendo-se com responsabilidades de nível inferior, como contratações. Em empresas maiores, as funções do líder podem ser delegadas à administração ou a outros departamentos executivos”, esclarece Fábio Salomon, managing partner da Brava Executive Search, sócio da Horton International e da Aliá Mentoring de Carreira.

E embora não haja uma lista definida de responsabilidades para um CEO, algumas funções geralmente são esperadas para este cargo. São elas:

Comunicação institucional para acionistas, mídia, entidades governamentais;

Liderar o desenvolvimento das estratégias da empresa (longo prazo e curto prazo);

Avaliar o trabalho de vice-presidentes, diretores e outros cargos executivos na empresa;

Acompanhar os concorrentes do setor e as oportunidades de expansão;

Avaliar e minimizar potenciais riscos para a empresa e sua reputação;

Definir e gerir os objetivos da empresa.

“O CEO deixou de ser o líder que administra a empresa para se tornar a pessoa que também deve promover o propósito, o impacto e as credenciais da companhia”, afirma Leizer Vaz Pereira, CEO e fundador da Empodera.

Já para Thiago Veras, sócio-diretor de RH do Grupo Empiricus, entre as diversas atribuições do líder, também existe a função de criar um ambiente de aprendizagem que continuará a crescer e melhorar as habilidades dos colaboradores.

“Assim, é possível que o CEO consiga avaliar o sucesso da empresa no alcance de seus objetivos. É importante que cada objetivo estratégico seja mensurável ou que os resultados possam ser descritos em uma imagem acordada e compartilhada pela equipe”, afirma.

O QUE PRECISA PARA SE TORNAR CEO?

Diante de tantas funções, é claro que para chegar ao posto de líder de uma organização são necessários diversos requisitos.

“Entre eles estão: integridade, humildade e legado. Integridade no sentido de ter a capacidade de lidar com decisões difíceis, mas necessárias em prol dos objetivos. Humildade de saber que a vitória não será atingida apenas por você, mas por toda a organização. Legado de comprometer-se em construir uma organização que seja o meio de seus colaboradores atingirem seus objetivos individuais”, explica Allan Jorge Mendonça, co-CEO da CBRdoc.

Outras habilidades necessárias para chegar ao posto de CEO são: resiliência e coragem. 

“O primeiro é a capacidade de lidar com mudanças e adversidades. Já a coragem para tomar as decisões difíceis e necessárias. Sem esses dois requisitos, a cadeira de CEO será muito instável”, acredita Mendonça.

Para completar, e não menos importante, um requisito também essencial é saber ouvir e rodear-se de profissionais competentes e de habilidades complementares.

“Hoje, uma forte demanda é que as pessoas na posição de CEO necessitam se capacitar para liderança inclusiva, e terem como prioridade as agendas de diversidade e inclusão, e também ESG”, conta Pereira.

Passando o bastão
Embora o caminho mais comum para a cadeira de CEO seja por meio do cargo de presidente ou COO (Chief Operation Officer), essa nem sempre é a melhor estrada.

Isso porque, um relatório recente da Spencer Stuart descobriu que, nos últimos 20 anos, 85% dos CEOs das maiores empresas listadas nas bolsas americanas vieram de uma destas quatro funções: diretor de operações, um cargo de CEO dividido, diretor financeiro e líderes que ocupavam cargos executivos a um ou dois degraus do topo.

“No Brasil, 45% dos CEOs provém da área de operações, seguidos por 33% de marketing e vendas e por um distante 17% da área de finanças. Paralelamente, foi possível estabelecer que para chegar a esse lugar os profissionais transitam, em média, por três áreas na sua vida profissional: financeira, comercial e de operações”, afirma Pereira.

 

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