A volta dos carregadores? Apple é multada pelo Procon e notificada sobre iPhone 14
iPhone sem carregador segue dando o que falar, mas agora deve pesar no bolso da gigante americana. Entenda
Por Camila Petry Feiler
Quando a Apple lançou a venda dos iPhones sem carregador, eles falavam sobre sustentabilidade como core da ação, mas especialistas apontam que a empresa acabou retendo US $6.5 bilhões com a iniciativa. Com todo o barulho que foi gerado, o Procon do Rio de Janeiro multou a Apple em R$ 12,27 milhões por conta da venda do iPhone 12 sem carregador na caixa.
O órgão argumenta que a prática é abusiva e configura prática de venda casada, já que o carregador é item indispensável para o uso do produto. Além disso, o Procon já se adiantou e emitiu notificações aos modelos iPhone 13 e 14, que será lançado em setembro, no Brasil.
Nesse caso, a multa é individualizada por modelo, o que pode totalizar um prejuízo de R$36 milhões para a Apple. O Procon deu um prazo de 20 dias para que a empresa responda a notificação sobre o iPhone 13, que faz parte de um processo sancionatório.
Já no caso do iPhone 14, que ainda não está no mercado, o Procon visa uma averiguação preliminar e determinou um prazo de resposta de cinco dias.
Não é a primeira vez que a Apple é multada por isso
Por que importa?
A Apple tem apostado no seu ecossistema para crescer a receita, indo além dos iPhones. Tanto é que os fones de ouvido da marca geraram receita maior que o Spotify, em 2019. Entretanto, Junior Borneli, CEO da StartSe, alega que “a partir do momento que a Apple se tornou uma arena aberta, ela se tornou o que é.”
Ou seja, ela está sendo pressionada a repensar suas barreiras de exclusividade, que incluem suas licenças competitivas. Assim como os carregadores, a Apple também vive a crise onde Europa e Índia querem criar um padrão para a entrada de carregadores USB-C, fazendo com que a empresa se adapte para não perder mercado.
Dessa forma, como ela pode oferecer exclusividade tendo que equiparar seus aparelhos às demandas públicas?