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As tendências do câmbio de moedas: saiba o que há de mais novo

13 de setembro de 2022 - 10:36
Carteiras digitais, investimentos simplificados e transferências entre moedas são algumas das novidades em serviços

Um oferecimento

Por Daniel Navas

Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro viu o surgimento de diversas fintechs e também do chamado Banking as a Service – ou seja, a possibilidade de qualquer empresa ofertar serviços financeiros aos clientes.

Por outro lado, o mercado de câmbio não acompanhou esta tendência, adotando uma abordagem tradicional no relacionamento com os seus clientes, mesmo com o surgimento de diversas iniciativas de fintechs de câmbio.

“O problema é que todas essas empresas se deparavam com o mesmo problema, ou seja, estruturas tecnológicas defasadas dos fornecedores de serviços de câmbio (bancos e corretoras). O que torna a operação um tanto quando onerosa, visto a quantidade de ‘head count’ necessário para operacionalizar estas plataformas”, explica Rodrigo Ximendes, Head de Inovação da Treviso.

NOVAS SOLUÇÕES DE CÂMBIO

“Um bom exemplo disso é o que fizemos recentemente com a solução em uma maquininha de cartão. Já imaginou enviar ou receber dinheiro do exterior em uma padaria? Ou no táxi que está te levando ao aeroporto? O próprio taxista pode ser uma casa de câmbio. Fantástico né?”, analisa Ximendes.

As possibilidades são muitas. Com a ajuda de Ximendes, apresentamos, a seguir, algumas soluções que já estão sendo implementadas no mercado de câmbio:

FXaaS (Foregin Exchange as a Service): é um Banking as a Service do câmbio, o que aumenta muito as possibilidades de serviços financeiros que podem ser oferecidos pelas empresas. Na prática, exchanges como a Treviso possibilitam que companhias de qualquer setor possam ter câmbio de moedas e transferências internacionais, entre outros, com ajuda de tecnologia de fácil integração.

ActivTrades: é uma empresa de investimentos no exterior. Ou seja, o cliente, a partir da própria plataforma de operação, pode realizar as suas transferências de reais para dólar. “A operação é automaticamente liquidada a partir do pagamento via Pix pelo cliente, e os valores são transferidos para a conta de investimento dele”, esclarece Ximendes.

Moove Money: carteiras digitais em que o cliente pode realizar o câmbio. Inclusive, o valor da transferência em moeda estrangeira é debitado ou creditado diretamente da conta digital de quem está realizando a operação.

MundoPago: carteira digital com cartão internacional pré-pago. “A nossa tecnologia possibilita realizar transferências internacionais, enviar remessas expressas e vender moeda em espécie”, conta Ximendes.

MelhorCambio: site de cotação de câmbio no Brasil que utilizam a API para oferecer remessas expressas para seus clientes.

PocketStore: uma loja de câmbio completa em que é possível realizar remessas para conta corrente ou para saque em espécie em mais de 200 países e 430 mil pontos no mundo.

Exchange Service Bus (ESB): possibilita a busca e inserção de operações de maneira descentralizada, validando em tempo real dados como a situação do cliente na Receita Federal, validação de endereço, geolocalização, lista restritiva, status do cliente na instituição e limites e operações realizadas. “O processo de onboarding do cliente é facilitado, uma vez que com pouquíssimas informações é possível traçar um perfil de risco dele e conceder um limite personalizado em fração de segundos”, aponta Ximendes.

O QUE VEM POR AÍ

Ainda de acordo com o Head de Inovação, aqui no Brasil, em um futuro próximo, ocorrerá uma forte expansão no mercado de câmbio na modalidade retail.

“Uma vez que qualquer estabelecimento ou cliente pode ser um ponto de liquidação de câmbio, para o varejo em geral, isto trará um ganho em receitas marginais, como o que aconteceu com a recarga de celular, por exemplo”, esclarece.

E toda esta expansão irá acirrar a concorrência ao reduzir as margens de spread das corretoras e bancos de câmbio.

“Ganha o cliente final, com custos menores e ganha a indústria de câmbio, com a modernização tecnológica”, conclui Ximendes.

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